Há alguns anos atrás, eu fiz uma travessia inesquecível pela Ilha Grande. Quem conhece, sabe a magia daquele lugar! Uma das pernoites que fiz, dormi numa ilha de pescadores chamada Provetá, conhecida por ser a praia do pinguim. Eu conheci um senhor chamado seu João, morador local, que me contou uma história mexeu com toda a minha vida!
Tudo começou, quando seu João, encontrou um pinguim a beira da morte, que chegou na areia todo encharcado de óleo. Segundo ele, não tinha como deixar de ajuda-lo, foi tão forte o que sentiu que na mesma hora ele levou o pinguim para sua casa, limpou, cuidou, deu comida e o chamou de Dindin. Até que depois de 11 meses de muito cuidado e amor, quando ele estava forte e recuperado, seu João o levou para o mar novamente, apesar de ter ficado com o coração partido João entendeu que seu amigo deveria voltar ao seu habitat natural. Mas, na hora de devolve-lo para o mar, alguma coisa aconteceu. Dindin não queria ir embora, conta seu Joao que até de barco ele tentou despacha-lo, mas ainda assim ele voltava. Até que dias depois, ele se foi. Exato quatro meses depois, ele voltou no mesmo lugar. Seu João me contou que o reencontro foi emocionante e, desde aquele dia, Dindin volta para o mar e sempre retorna!
Eu infelizmente, não pude conhecer o Dindin, mas vi com meus próprios olhos seu Joao sentado em frente ao mar o esperando, segundo ele, os próximos dias eram dias prováveis do dindin aparecer. É gente, essa história mexeu comigo pra sempre, que desde que cheguei dessa viagem, nunca mais fui a mesma. Foi um conjunto de várias sensações que nunca havia sentido.
Como dizer que os animais não possuem sentimentos e a natureza não nos transforma?
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